quarta-feira, 10 de setembro de 2025

De Brasília à Zmab + Fecho

 - em dias anteriores, Món. proferira referências que apontavam para formação acima do necessário para a tarefa - o balcão da pastelaria e o dos «jogos»; hoje, após responder «que viera de Brasília por causa de um Amor», acrescentou «que era Advogada, com 10 anos de experiência...»; logo a curta conversa derivou para a História e a Literatura...;

- fecha o «PERI», reabre o «ALPA» (ao sétimo dia da quarta estadia no RUG.)

sexta-feira, 5 de setembro de 2025

Rugido + «Karamazov aos 12...» (L. Costa Gomes)

 - com o «clã J.» de regresso às respectivas Rotinas «prrodutivas» (após Zmab + Lagos + AMST...), passada a «Onda de Agosto» e com temperaturas abaixo dos 30, foi possível voltar à Zmab, ontem, para a 4.ª Estadia de 25; de manhã, no RTA, foi retomada a leitura deste «Inventário-Mostruário das [primeiras] leituras dos que escrevem...»

RECORTE(s)
[...] é impossível reviver o  efeito catastrófico que teve sobre mim aos doze anos a leitura d´Os irmãos Karamazov. Tudo aquilo tinha ar de dever ser proibido. Por isso, a pessoa esconde-se em buracos para estar sossegada a ler, deixa de falar com os vivos, apaixona-se pela Aliosha Karamazov, lê vinte vezes a mesma cena, salta as partes em que o Ivan tem aqueles diálogos abstrusos com a sua consciência. Dia e noite, lê. Quem seria eu a ler Os irmãos Karamazov pela primeira vez? Não faço ideia, mas aprendia o que pode ser um livro. E porquê aquele? Talvez a excitação da perversidade do pai, a luta fratricida, a tentação da mulher, a ganância, a vileza, a malevolência aberta de toda a quela gente... Muita da leitura é desleitura e tresleitura, e o livro que convém é o que fermenta e continua a produzir e a criar depois de fechado. Dez anos depois vem a releitura, e dez anos depois desses. Quase não se encontra o livro que se leu: [...]

                   Luísa Costa Gomes, «Caprichosa!», in VV., O que lêem o escritores, pp. 107-8

sábado, 30 de agosto de 2025

J. B. em «Poemas para o Verão»

 - a 29 de Agosto, J. B. lê um poema, que traduziu, de Mary Oliver, na «Secção» «Poemas para [sobre] o Verão», do «Podcast» «O poema ensina...» (ao longo de Agosto e de Setembro...)

terça-feira, 26 de agosto de 2025

A Menina da «mala semanal»

 - reencontro com J. M., pelas 10 e 30, à esquina da M. S. com o Jardim da P. P. C.; de fárias, ia a caminho de casa (Alto de S. J.) e, apesar dos 30 anos, foi facilmente reconhecida; dos anos de 10 a 13, fez parte de um Qd.o de D. de C., «muito querido» de S. M....[Qd.o de S. M....]; relembrou R. da oferta de um Livro de J. B....; com «trabalho estável», disse que anda a ler «Capitães da  Areia», mas confessou «poucas leituras e nenhuma escrita» [era então talentosa...], nos últimos anos; de livros sobretudo se falou, e de novo R. riu, com as evocações do modo como «rodava semanalmente entre a Casa Paterna (em Sintra) e a Materna (em Lisboa), sempre «em gestão de mala (re)feita» [...]

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

A casa pequenina

 - «toda a gente gostava desta casa pequenina, de l«cá ficar...»; palavras da Comadre A. quando, hoje, pelo meio dia, ao roteirizar-lhe, no «G. Maps», o percurso para o «ZT», aí lhe mostrou a que agora é a «Casinha da D.»

[escrit. em 85, mas só ocupada em 86...]

domingo, 17 de agosto de 2025

«um (atroz) nome cheio» [de sílabas]; M.S. Carrara

[da mesma obra da Entrada anterior]

RECORTE(s):

r[...] Catarina é um nome atroz, é cruel dar à filha um nome que não tem um apelido óbvio, decidi que seria Tina, um nome com tantas sílabas acaba sendo um nome dolorido, Madalena, Catarina, estafadas de sílabas, não fossem as sílabas daquele sábado e hoje seríamos outros números, a natureza trampolinesca das proparoxítonas, diria a Madalena tão gramatical, grita-se numa sílaba e usam-se as duas finais para despencar.
    O tempo que o André levou a atingir o Miguel é o tempo de uma criança dizer sábado  . [...] eneir [...] 

            Mariana Salomão Carrara, Não fossem as sílabas de sábado, pp. 33-34

sábado, 16 de agosto de 2025

«um nome sem sobrenomes» (Mariana Salomão Carrara)

 - Se Deus me chamar... foi uma das leituras iniciadas há dias...; interrompida, mas sem razão especial, na p.67 [de 156]; mais recentemente iniciou-se Se não fossem as sílabas de sábado.... [na p. 22 de 171]

RECORTE [s]:
    Antes do dia em que fui levada de volta ao apartamento, estive tão integralmente no meio das pessoas que senti que talvez eu deixasse de existir, que de tanto me trazerem copos de água e remédios eu me diluiria nos outros. [...] então o Patrick segurou o portão de vidro do prédio para eu passar com a malinha de coisas aleatórias que ele mesmo tinha selecionado às pressas na minha casa duas semana antes, o porteiro era o mesmo, [...] o Flávio, constou no boletim de ocorrência como única testemunha além das plantas, Flávio Rosa António José, decorei o nome dele porque era um nome sem sobrenomes então no boletim de ocorrência fazia parecer que eram diversas as testemunhas do acidente mas era apenas ele o Flávio Rosa Antônio José [...] 

        Mariana Salomão Carrara, Não fossem as sílabas de sábado, pp. 20-21

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Apontamento + Zmab

- «reclusão» na «Cave do Quinto»,  inevitavelmente quente após tantos dias de canícula..; nas traseiras, no «Bairro dos Taxistas», numa Vivenda recuperada, novos vizinhos (??) «espadanam» a água de um Tanque...; 
- no sábado, vieram as «ladies»; Clã J parte amanhã para a Zmab [«pé na areia», para R., não será para já....]; de resto, o costume: «muito Filme e, ou, Série, pouca leitura». Ponto. 

quarta-feira, 9 de julho de 2025

«APAGA APAGA» ou «O admirável mundo Velho?»

 - de novo na Cave do Quinto, Refúgio Principal [esperando que, em Setembro, haja menos pó, pelo menos, nos ALT.os..], enquanto ouve «Voos domésticos», 2011, lê um artigo sobre a «actual versão do «ApagaApaga» (antes que seja tarde...); «Para estudarem nos EUA de Trump, estudantes internacionais “limpam” redes sociais»

 RECORTE(s):
[...] “Tudo o que pudesse ser visto como tomando um partido, deixei de seguir. Deixei de seguir a AOC, a Kamala, o Biden, o Obama, todos eles”, disse Madeline, uma candidata ao visto. Ela e outros estudantes entrevistados para esta reportagem pediram que os seus apelidos ou nomes completos não fossem divulgados, por receio de verem a sua elegibilidade para o visto comprometida. [...]

[relembre-se o «Apaga Apaga», de Almada Negreiros: AQUI]

domingo, 6 de julho de 2025

Rugido quase no fim...

 - [a mais longa Estadia...]; é domingo, R. decidiu regressar na terça, após cerca de 40 dias...; [não há o que dizer...]; semana do Trágico [o «despiste»...]; neste domingo, no «P2», «em pontas, na corda bamba», Cristina Sampaio interpreta o PROTAg.a do Patético que «está para durar...», e que «coincidiu» com o Trágico acima referido...

terça-feira, 17 de junho de 2025

«639», à Distância... + «a poesia como ciência da navegação interior» (J. T. de Mendonça)

 - há três Épocas que R. «desconfinou», isto é, não tem que classificar Exames - processo sempre bastante «penoso» [...]; ainda assim, longe dessas Épocas, no 21.o dia no Rugido, lançou um olhar para a prova [felizes os da «Escola do Paraíso», livres do seu peso de 30 % na Class.?]: o «Infante Santo», visto por Camões e Pessoa, «banalizado» por questões adequadas ao perfil de quem faz a prova [«Foi bom! Foi fácil!»]- naturalmente;

- destaque-se também, do II Grupo, o seguinte excerto do Discurso de Tolentino de Mendonça, do 10 de Junho de 2020, em «plural majestático» - também «empobrecido» por «mecânicas propostas múltiplas»... - mas não da parte em que representa Camões como o grande Desconfinador»:

[...] Camões não nos deu só o poema. Se quisermos ser precisos, Camões deixou-nos em herança a poesia. Se, à distância destes quase quinhentos anos, continuamos a evocar coletivamente o seu nome, não é apenas porque nos ofereceu, em concreto, o mais extraordinário mapa mental do Portugal do seu tempo, mas também porque iniciou um inteiro povo nessa inultrapassável ciência de navegação interior que é a poesia. A poesia é um guia náutico perpétuo; é um tratado de marinhagem para a experiência oceânica que fazemos da vida; é uma cosmografia da alma. Isso explica, por exemplo, que Os Lusíadas sejam, ao mesmo tempo, um livro que nos leva por mar até à Índia, mas nos conduz por terra ainda mais longe: conduz-nos a nós próprios; conduz-nos, com uma lucidez veemente, a representações que nos definem como indivíduos e como nação; faz-nos aportar – e esse é o prodígio da grande literatura – àquela consciência última de nós mesmos, ao quinhão daquelas perguntas fundamentais de cujo confronto um ser humano sobre a terra não se pode isentar.  [sublinhados acrescentados]

sexta-feira, 13 de junho de 2025

Rugido, 17.º Dia

 - chegou, para 2, 3 dias, o Clã J., J., M. + Cat Bap...; J. insiste em «revisitar» o M., mais logo, ao final da tarde deste Dia de S. Pessoa [realizada...]...;  [«e o resto não se diz»]

- à porta, o passeio está a ser renovado ...  + buracos e Pó...; 

domingo, 8 de setembro de 2024

PARA TÃO LONGO AMOR (I. L.) + (FECHO)

   - [ do livro de I. L., já referenciado, dos poemas da 2.ª parte ]

PARA TÃO LONGO AMOR

Esse amor longamente cantado
mas nunca longamente durando
Catarina ou Natércia, Violante ou Francisca ou
Dinamene e Bárbara ou ainda a fermosa
Lianor descalça. Não longo mas intenso e ardente
e destemperado sim na desesperança
do que nasce não sei onde e dói
não sei porquê

Continua a ferir
numa espécie de prazer nostálgico
esse verso magnífico para tão longo amor
tão curta a vida quando hoje só passamos
longas vidas com tão curtos amores.
  
                         Inês Lourenço, Ainda o lugar incerto da procura, 2024, p. 34

[fecha o PERI; reabre o ALPA; Calvino na «passagem»]

sexta-feira, 6 de setembro de 2024

TESTAMENTO DE DONA ENES (Inês Lourenço)

  - nos poemas da 2.ª parte («Os caules submersos», pp. 27 - 52) do último livro de I. L. são revisitados temas e Motivos de vários poetas e, ou, «tradições» - no caso, o Mito Inesiano; 

TESTAMENTO DE DONA ENES

(...) Pelo caminho estavam muitos homeens com                                                                          çírios nas maãos, de tal guisa hordenados, que                                                                              sempre o seu corpo foi per todo o caminho per                                                                              entre çírios açesos; e assi chegaram ataa o dito                                                                            moesteiro, que eram dalli  dezassete legoas (...)                                                                                                     FERNÃO LOPES

Mais que golpes e vísceras
na sombra pétrea de Santa Clara, mais
que a bastardia dos infantes, no ódio
de sangues e domínios
mais que a vertigem da beleza ou
as léguas de círios a arder
até ao túmulo projectado
para o Juízo Final, deixo-vos
a coroa de palavras amantes
pelos poetas propagada
aos séculos por vir, insígnia
deste entranhado amor, canto 
de eternidade que nos basta.
  
                         Inês Lourenço, Ainda o lugar incerto da procura, 2024, p. 33

quinta-feira, 5 de setembro de 2024

PALOMAR, Calvino: «Ler»

 - artigo de «passagem» reenviou R. para PALOMAR [PDF, aqui] de Calvino; a «pequenez da fonte» do exemplar (da Teorema) lido na 2.ª metade de 80, na FAC  [estaria já capaz de o Ler?***] implicou a aquisição da edição da D. Q.;  relido, pelas manhãs (em alternância com a ABG de Beauvoir...); 

*** [RECORTE «responde» a isso?]
[...] uma vez incluídos na vida, os acontecimentos dispõem-se segundo uma ordem que não é cronológica mas que corresponde a uma arquitectura interna. Uma pessoa, por exemplo, lê na idade madura um livro importante para ela, que a faz dizer: «Como podia viver sem o ter lido!» e ainda: «Que pena não ter lido quando era jovem!» Pois bem, estas afirmações não fazem muito sentido, sobretudo a segunda, porque, a partir do momento em que ela leu aquele livro, a sua vida torna-se a vida de uma pessoa que leu aquele livro, e pouco importa que o tenha lido cedo ou tarde, porque até a vida que precede a leitura assuma agora uma forma marcada por aquela leitura.

[sublinhados acrescentados; do texto «Como aprender a estar morto», 3.º e último de «As meditações de Palomar» (III sub-parte da III parte, «OS SILÊNCIOS DE PALOMAR »)

Italo Calvino (1923-1985...), Palomar [1983], 2021, D. Quixote, p. 149  

quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Pampos OU Lírios, Peixeiras E Fotógrafas

 - cerca das 9 e 30, no «P. Doce» do costume; [a Dona I., peixeira antiga ou «Castiça», de Mercado e de Rua, ora «adaptada», contava que, «passados os 67, «metera já os papéis», mas que «lhe pediam para trabalhar até aos 70...»; e que, recentemente, de «dez entrevistadas, nenhuma ficara...»; para mais, «com estes horários, turnos, trabalho sujo e ao fim-de-semana, e orden.o mínimo...]

- R. escolhera os dois Pampos («agora são Lírios»...), mas teve que se afastar, porque a Dona E. (outra «castiça») tinha que fotografar a Bancada acabada de «guarnecer», para enviar para «os manda-chuva»... [operação a repetir ao final das tardes...] ; nem se diz o que R. comentou «na Hora» nem se tenta interpretar [...]

domingo, 1 de setembro de 2024

Formar leitora (Beauvoir)

  [alcançada a p. 233, na sexta]

RECORTE(s)

     À medida que eu ia crescendo, [o pai] ocupava-se cada vez mais com a minha pessoa. Cuidava especialmente da minha ortografia; quando lhe escrevia, devolvia-me as cartas corrigidas. Em férias . [...]
[sublinhados acrescentados]

Simone de Beauvoir (1908-1986), Memórias de uma menina bem-comportada (1958), 2023, p. 45

sábado, 24 de agosto de 2024

Menina cubana no GLH

 - [perto das 11, no único Estaminé aberto no GLH...]

- quando R. colocou o cartão com o N.º de C. no balcão, a [elegante] jovem «deu um salto»...; a Oficiante mais velha (GER?; Prop.a?) esclareceu que a Menina pensara que era um «Inspector»... [«em Cuba é assim»?]; [«como é que fugiu de lá?»}; também ajudou R. a entender a rápida história de vida que a Menina desfiou num «rápido espanhol»; «singrando...», já concluiu Direito, na Lusófona, aos 23 anos...; quanto ao Futuro no Paraíso Portugal... [...]

quarta-feira, 17 de julho de 2024

«Dá um trabalhão ser invisível...»; Rosa Oliveira

 Releitura da «Plaquette» de Rosa Oliveira, de Jan. de 2021 [...]

querem falar de sinceridade?
pinto quadros abstractos
os campos são sempre castanhos
e desvio-me da bala que chega todos os dias
dá uma trabalhão ser invisível
mas gosto de estar na estrada onde ninguém passa

alimentada desde cedo por comprimidos e bíblia
queria ser uma aberração de feira
talvez mesmo um torpedo
palavra tão poderosa
e subaproveitada na poesia
(pelo menos na poesia não-futurista)

no palco cega de frio
li de modo imperceptível
sofri as palmas contrafeitas
e lá me safei aos tropeções da inteligência
arquejando alívio

mais um dia de grande produção:
acentuada
               esdrúxula ignomínia anónima

Rosa Oliveira, DESVIO-ME DA BALA QUE CHEGA TODOS OS DIAS, 2021, p.11

segunda-feira, 8 de julho de 2024

Camões biografado + Lydia Davis («a Arte de Escutar», nos transportes]

 - completada ontem a «Inventariação» do que saiu durante Junho (e foi bastante...); na FNC-CH começou-se a Biografia de I. R. N., sobre Camões (590 pp. fora Notas e Bibliog.a) - 2 primeiros capítulos (Origem «Toponímica-Faunística» do Apelido + dos outros Nomes + Ascendentes + local(is) do Berço e da Infância= 50 pp. [noutros tempos, viria para a Estante...]; [p. 73, a 16-07]; [p. 132, VII Cap., a 21-07];[p. 291, XIX Cap., a 15-08]; [p. 368, XXIV Cap., a 23-08 ]; [p. 412, XXVII Cap., a 08 -09; terminado a 10-12]; ...

-... assim, Orç.o  permitiu apenas a mais recente recolha de (Micro)Contos de Lydia Davis [...]; Artigo + Entrevista, «Ípsilon»; RECORTE:
[...] Uma vez, [no Comboio] ouvi uma conversa maravilhosa que se passou atrás de mim durante cerca de 45 minutos e fiquei muito frustrada por não ter conseguido gravá-la, porque de outra forma é muito difícil de reproduzir. Eram mulher e marido e ela estava a tentar dizer-lhe como escrever um e-mail sobre um determinado problema com óculos inteligentes, uma das lentes tinha-se partido. Ela passou literalmente 45 minutos a rever e a editar a frase, do tipo, “eu não o diria dessa forma”. Era como uma peça de teatro num palco, arte performativa. É o tipo de coisa que acontece na vida real e é tão extraordinária.

[regressado aos transportes, após mais de 30 anos..., R. ouve muito menos conversas do que então - as «vociferações» ao TLL não contam, naturalmente...]

quarta-feira, 3 de julho de 2024

Infância, por M. E. C. + Rugido, 27.º, último, Dia

 - quase um mês «aguentou» a General, desta vez...; é a altura de R. trocar de novo a Ladeira dos ALT.os pela Ladeira do CH....; 
- gosta tanto da representação literária do Motivo da I., que, em 03 - 05, só «cumpriu» a 1.ª parte dp Plano da T., assim «fugindo» à representação da «Fase/Face» seguinte...; Motivo da Crónica de hoje de M. E. C.;
- a 27, M. optou por ficar em Casa - no dia das «8 PRIM.as», segundo J., para «estar sozinha no Mundo Imaginário dela»... (e tb. livre da «pequena Carr.a...)

RECORTE(s):
[...] Durante a infância, fora as urgências indiscutíveis, deixamos em paz a atenção das crianças. Deixamos que elas imaginem o que querem imaginar. Não destruímos imediatamente o que imaginaram. Deixamos que elas inventem, sem estar sempre a chamá-las para a realidade. [...]

quinta-feira, 27 de junho de 2024

«a Ribeira da Etar» (Rugido, 21.º DIA) + «Ó Mar Alto...»

 - anualmente, antes da «Invasão FESTIV.a», e outras, há uma (ou mais) reportagem(ns) deste tipo ...; quanto a chamar «Ribeira» ao «Canal de Escoamento da Etar»...; diz a GENERAL, do lado: «lembras-te de quando eu proibia o J. (de 84...) de brincar naquela água aparentemente limpa?»; não haver outra Solução, há Décadas, [...]; [«e o resto não se diz»]; [...] e, em Agosto [...]...; 

- de manhã, na PAD.a, a Dona El. informou que, no dia 1, começarão as obras de reabilitação das (muito degradadas) ruas da «parte antiga» da Zmab. (também de décadas atrasadas...)

Crónica, de 17 de Agosto [...]; 

Ó mar alto, ó mar alto, / Ó mar alto sem ter fundo, /mais vale andar no mar alto /que andar nas bocas do mundo.
A minha mãe diz estes versos todos os dias frente ao nosso mar. Chegamos à capela, encostamo-nos ao muro, ali está a beleza visceral daquele "marão" (como ela lhe chama) e a quadra sai, certa como uma boa nortada. O nosso marão é o da Zambujeira do Mar, mas é o mesmo marão de todas as odisseias das nossas vidas, que a minha mãe evoca usando versos que, em diferentes variações, se ouvem até em modas do cante alentejano [...]

segunda-feira, 24 de junho de 2024

«Soneto Absinto»; João de Melo

 - cerca de 60 poemas em 5 «Secções» [...]

SONETO ABSINTO

                                          para Manuel Alegre, meu poeta

Frustrou-se em mim o poeta, a voz que desenha
a grosso o canto e bebe o verso com seu absinto.
Restam-me a areia, o cio, a raiz da criação islenha.
E cantar o fogo em brasa, mesmo se já extinto.

Perde-se em mim o nome como quem desdenha
da música a pintura, o instrumento ou o instinto
rebelde do cantor. Deixei tudo a arder na lenha
e na ira de um deus que me perdeu no labirinto.

Sou dado às prosas, não às musas. São luxúrias
minhas a verve e a escrita de outras geografias,
que não bastam para amansar em mim as fúrias.

A ficção é um jogo, troca verdades por mentiras
e vice-versa; profana cultos, ergue alto o rosto,
é contra o segredo a manha a palha e o mosto.

               João de Melo, Longos Versos Longos, 2024, p. 23 (da 1.Secção, «Canto e Absinto»)

domingo, 23 de junho de 2024

«Isto parece o Facebook» + Rugido, 17.º Dia

 - M. S. T., cerca do minuto 07:05. de «5.a Coluna»... [analogia com as «Escutas que nem a Pide fazia...».: «Isto parece o «Facebook», se quiseres destruir [apagar?] o teu passado, não consegues...»

- por estas Casas, de tão «codificadas», até D. tem que «reinventar» os Passados que aí foram fixados - e, como deve ser o Único que por lá «volta a passar» ;

- atingido o 17.º Dia no Rugido = caminha para a Estadia mais longa dos «últimos tempos»...; e, como as MULT.ões só vêm quando há Brasa...; espera-se pelos «de Évora»... será na terça, 25? [ virá a ser; um «trabalho» muito bem ...»]

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Rugido, sexto dia + «solução para os Turistas» (MEC)

 - amanhã de manhã, R. NÃO «deambulará» pela LX cheiro-sardinhada; primeiro S. ANT. no RUG.o - um Junho, de temp.a «moderada», benção ou excepção?; [..., em Agosto, vir à Zmab, só para «alguma urgência»...]; [relembre-se 2023...]

- quanto a «uma solução para os Turistas», está na CRÓN. de hoje de M. E. C.;

RECORTE(s): [...] esbocei um plano: porque não dividir o ano turístico em duas épocas distintas: a Meia-Estação Encantadora, de 1 de Outubro a 31 de Maio, e a Torreira Tropical, de 1 de Junho a 30 de Setembro?
Os quatro meses insuportáveis, até para nós os portugueses — Junho, Julho, Agosto e Setembro —, seriam só para quem mora cá.
Já os turistas poderiam vir cá quando quisessem nos oito meses que sobram. [...]

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Fecho + MALA

 - o ANTIB.o da GEN. adiou a próxima ida (3.ª do ano...) para a Zmab;

- R. não assistiu à APRES., no dia 8, claro; hoje, pelas 11 e 30, no EXT.or, C. F., acintosa, para A. L. (a pres. do C. G., em 2013, relembre-se...), usava a Metáfora da Mala para aludir à «despedida» do Sr. Drt., amanhã, após o «EXPO - discurso»; uma década depois, o que perdeu, o que ganhou?;  R. nem calcula, visto que...[«e o resto não se diz»...)

- fecha o «Peri», reabre o «ALPA»=  ROTINA (agora, simulada...)

quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Mapa dos Dias

 - por estes dias, após a leitura de «Os inquietos», e na «sequência» desta:

- Ingmar Bergman: o caminho contra o vento (Rom. Biog.o), Cristina Carvalho, 2019;

- Liv Ullmann: uma estrada menos percorrida (Doc.), Dheeraj Akolkar, 2023;

- Liv e  Ingmar, Dheeraj Akolkar, 2012 («via» A. Eus...)

- A ilha de  Bergman, Mia Hansen - Love, 2021;


quinta-feira, 10 de agosto de 2023

«reticências, o que resta»

 - terminada a leitura de «Os inquietos» (cerca de 340 pp.); vários Recortes por estes dias, por «estas Casas» [...]; tb. leitura de V. ou de F. de A. Eus [...]

RECORTE(s)

     Debateu-se toda a vida com a língua, com a escrita. As folhas de papel amarelas e as canetas. A porta atrás da qual se trancava. As regras estritas que ele queria romper, mas que não tinha coragem de romper, não na escrita, apenas durante a rodagem de filmes, rodeado de actores, fotógrafos, técnicos de som e de outras áreas - pessoas que sabem fazer o seu trabalho. Os colegas. Os companheiros de trabalho (arbetskamraterna). A palavra mais bonita da língua sueca. Mas a escrita ocorre sem essas pessoas. Quando se tranca no escritório para escrever, rodeiam-no apenas fantasmas. Os vivos e o mortos. {...] O silêncio no quarto da escrita não é propriamente amistoso. As palavras não saem ou saem na sequência errada. As frases enrolam-se em si mesmas e não têm princípio nem fim. Os limites da minha língua são os limites do meu mundo, escreveu Wittgenstein, mas o que vai acontecer agora, pergunta o velhote [...] o que vai acontecer agora que estou a perder a linguagem? Em breve só me restarão as reticências.

                                                 Linn Ullmann, Os inquietos, 2023, pp. 314 - 315

[sublinhados e itálicos acrescentados...]


terça-feira, 8 de agosto de 2023

Zmab cercada

- bem andou R., ao «evitar» a Zmab em Agosto [e, sem Quad.os...]; cercada, internamente, pelos «festivaleiros» e, externamente, pelo fogo, fumo, cinzas...; - [talvez em 80? 81? 82? 83?...], do Monte da Marechal viu-se (a serra de) Monch. a arder, durante dias...]

Foto do autor da Crónica

- de lá chega a Crónica de jornalista, de hoje, do «Público» - de um lado, ardem milhares de Hect.es, do outro. milhares «acotovelam-se» em «meia dúzia» de Hect,es... - o mesmo «Filme», desde 98...; 

Recorte(s): [...] Os mesmos sentimentos, com o toque do “caos” do apagão, são sentidos na esplanada ícone do largo, o Café Rita, onde Nuno Rita sublinha a “sensação de segurança” sentida na Zambujeira, ao contrário de muitas aldeias vizinhas, com a geografia costeira, áreas vazias e quase deserto, pouca arborização (e muitas estufas). Na loja de souvenirs do largo, onde se sente o cheiro a fumo no espaço fechado, Irina comenta que muitos turistas ficavam mais apreensivos com a “falta de Multibanco ou tabaco” neste “dia de loucos”, como refere Pedro Léria, do restaurante Brisa Mar segundos depois de a electricidade voltar e tudo parecer quase normal. [...] 

sexta-feira, 28 de julho de 2023

O regresso de R. + «Os inquietos»

 - após 20 dias de «PasmoZmab» (Praias, ainda, por «sobrelotar»...), retomada a Rotina Lx-AGOSTO; - pelas ruas, filas de «Formiguinhas» com mochilas da mesma cor... (JMJ) prenunciam a «Invasão» da próxima semana?

- após largo «jejum aquisitivo», considerou que era dia de se «premiar» e, na BERT-ROMA: Linn Ullman, Os inquietos, por «óbvios Motivos»

- antes do STP, visitou I. R., ainda «escravizada» pela «Empreitada SEC-X» (uff, já  lá vai, para R....)

quarta-feira, 26 de julho de 2023

19.º, ZMAB + O rapaz que lia bem» + «que caminho tão longo»

 - e ao 19.º Dia ( e penúltimo, da 2.ª Estadia) na Zmab (olha se, e quando, todos «airbnlugarem» no ZT. e, ou, na ZMAB..), na ESP. do R., como (quase) sempre, começou-se             Misericórdia, de L. J.

RECORTE(S)

     O rapaz [da Associação da Boa Vontade) lia bem, muito bem mesmo. Apesar de o conto só falar de misérias, perseguições, deportações, e tristezas, tal como eu tinha imaginado, a voz do rapaz conseguia ser mais bela do que as desgraças que lia. As sobrancelhas demasiado espessas, na tez muito escura, com os dentes demasiado brancos e poderosos, começaram a modificar-se diante dos meus olhos à medida que o rapaz lia frases surpreendentes, que eu não conseguia reter mas iluminavam a correnteza daquela fala. [...]

Lídia Jorge, Misericórdia, 2022, p. 39

- uma das mais ouvidas, de há semanas para cá ( «a garota não» e J. M. B.):

"que caminho tão longo / que viagem tão comprida / que deserto tão grande / sem fronteira nem medida"

terça-feira, 18 de julho de 2023

Zmab, dia 11 + («O nepalês da...») + os Gémeos

 - após o intenso f-d-s, com J. e «descendentes» e a Visita da Mana e do Primo, de manhã, no R., foi lida a segunda crónica* de MEC depois de férias, na qual regressa ao Motivo Z., que vem dos «seus anos 80», com P. R. D. e outros, relembre-se...; 
- bem tentou R. «entabular» conversa com a jovem «NEP.a das Mesas»... 

RECORTE* Inicial

     É um foguete, o nepalês, a correr e a sorrir de mesa em mesa, e das mesas para o balcão, e do balcão para a cozinha. Quando pára, aproveita para lavar ou arrumar.
     Só conhece quatro palavras portuguesas mas emprega-as com rigor. De resto, faz-se valer da inteligência e da atenção, interpretando os nossos pedidos com a empatia de um antropólogo.
     O nepalês faz-nos ver que a eficiência e a simpatia não são adversárias que se revezam: são primas direitas que trabalham melhor quando estão juntas. A simpatia de um bom empregado de mesa é uma eficiência – e a eficiência é ela própria uma simpatia para com o cliente.
       Mas há sempre aquele tuga, com aquela mistela aziaga de pena, condescendência e caridade, [...]

- com a «intermediação» da Comadre I., F., R. «reencontrou» os Gémeos J. + H, cerca de 55, 60 anos depois, a uma janela da casa de barras amarelas, por trás da «Ti Vit.» e «recuperou» o Nome do Pátio da Bica, onde cresceram: «do Brôas»; (AQUI; tb.); entretanto chegada, a Mana A. confirmou que as bodas de M. A. e um dos Gémeos (H.) terá sido em 65 ou 66... - antes do AVC do Pai Velho, a 12-11-66, claro

domingo, 9 de julho de 2023

Rugido + «O infinito num junco»

  - 2.º dia da 2.ª Estadia na Zmab - [2 cães, dos que ladram... no «airbnb» de baixo... + 2 máq.as e 1 estore para reparar...]; 
- iniciada, de manhã, no «Rita», a leitura da obra de Irene Vallejo, O infinito num junco (cerca de 406 pp., + notas e Bibliog.a) - da p. 23.ª à 46.ª, dedicada a Alexandre («biografado» por C. Veloso, AQUI]

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Bertrand (Livreiros da)

 - ontem de manhã, na BERT-CH, na poltrona baixa da sala da Entrada, alcançou-se a p. 95 do livro de Ruy Guerra; a FUNC., «uma rara VET.», falou a R. de outros «abusadores» (leitores da Borla...), como aquele que dobrava as páginas em que ficava ou os causídicos da Boa-Hora que, à hora do almoço, vinham consultar os Calhamaços jurídicos [...]

quarta-feira, 28 de junho de 2023

GUERRA, Céline

 - no momento, é uma das leituras «intercaladas» com «Contos plausíveis», de Drummond e «A estranha vida dos ausentes», de Viale Moutinho (2 obras de MicroNarrativas...); na NUTRIT.a, na Costa, Entregues as Encomendinhas na Marisol, enquanto se espera por melhor hora para aceder à «25», alcança-se a p. 55

RECORTE (podia ser qualquer outro excerto...):

   No dia seguinte, o Dr. Méconille, assim que me vê, entra numa excitação de todo o tamanho a observar-me. Queria operar-me já a correr nessa mesma tarde, dizia ele. A L'Espinasse mostrou-se contra, em nome da minha exaustão. Creio que foi o que me salvou. Se o estava a perceber, ele queria tirar-me de imediato a bala enterrada no fundo do meu ouvido. Ela é que resistia. Eu, só de olhar para o Méconille, tinha a certeza absoluta de que se ele me invadisse a cabeça era mesmo o fim para mim. [...]

Louis-Ferdinand Céline, Guerra, Livros do Brasil, 2023, pp. 40-41

[artigo, a 22 de Julho, no «Sol»]; [visto por P. Mx., em «O poema ensina...», em 2025, Maio, 13, sobre «Os Castelos perigosos»]

terça-feira, 27 de junho de 2023

L. L. , 94, «Ex-AA»

  - em 92-93, no ano PROB.º, D. teve a sorte de «ir parar» à E. do Paraíso; a BIBL.a era então L. L., numa sala, «não diferenciada», do 2.º ou 3.º piso...; R. lembra-se sobretudo dos recortes de jornais, com artigos críticos seleccionados, afixados em vitrines; estaria já à beira da APOS (em 94?)....; há alguns anos (2015) foi lá lançar uma AUTOBIOG ...

- ... que R. leu, por empréstimo do C. de R....; agora, aos 94 anos, é Figura em «Mensagem», jornal de Lisboa

domingo, 11 de junho de 2023

(Zmab, dia 9)

- saídos os «AirBnb» do piso de baixo, voltou o sossego ao Bloco A do «ZT»; 


«Público» 29-06

- no R., uma senhora perguntava a um senhor se «sabia de casa para alugar ao ano...» [Rita = TM = 4 e 20...]...; [«e o resto não se diz»...]

- foi o 1.º 10 - 06 na Zmab [...]

quinta-feira, 8 de setembro de 2022

Fecho

- com os «cálculos furados», houve que entregar o «papelinho» da APRES.

- mais um Verão com «muito Filme e pouca Leitura»...; começa a ser uma espécie de Padrão...; assim, fecha o «PERI» 

sexta-feira, 19 de agosto de 2022

Mapa do Dia

- [Agosto fora da Zmab, só na década de 80...]; [assim o determinou a General...]; 
- D., regressado aos TRANSP.es, após «x+y» anos de [...], retira a Venda da Vista,  isto é, a Cegueira vai sendo «varrida», pois o Olhar pode «circunvagar», livre do medo do «estampar»...

- mochilas, malas, malinhas, rodinhas, famílias e «familinhas» freneticamente giram pelo Parque. das, oportunamente chamadas, «Nações» [...]
- no V. da G., na V.a Alegre, resolveu o «dilema» T. P., com Peça «Lispectoriana» (inspirada na P. seg.o GH); e com livro, em cuidada edição;

- (para a FUNC.a): «certamente que já o leu!»; [o trejeito, ou «contreito», precedeu ou antecipou a resposta...]; «não me diga que não conseguiu passar da página 25...»; «era muito confuso, para mim...»; «recomece, com os contos ou com as Crónicas, alguns são muito curtos...» [Tiques, ainda, de Mestre?]

domingo, 7 de agosto de 2022

«Siríaco e Mister Charles»

 - 1.º percurso matinal, com o «Passe Sénior»: da Graça ao Campo das Cebolas, num «Mini-Autoc.»; daí, obliquando por entre (muitos) grupos de TURIS, à FNC (Aleluia, sala de Leitura, com janela, ao fundo...); depois, regresso, começando o livro de Joaquim Arena, na sequência do artigo-Entrev.a de J. R. Direit.o, no Ípsilon de ontem[...]

RECORTE(s):

La Mascarade Nuptiale
(1788), José Conrado Roza

     De repente, os ingleses ficaram estupefactos quando Siríaco entrou no salão. [...] William G. Merril reparou [...] e mandou Siríaco despir a camisa, sorrindo. «já os tinha visto de mãos brancas e também no cabelo, mas nunca numa tão grande extensão pelo corpo», comentou o capitão Fitzroy.   
   Siríaco tinha-se habituado àquele olhar de curiosidade e repulsa. Era a esperada reacção de todos à enigmática [...] talvez maléfica cor de pele, como comentavam alguns, à boca cheia, pelos salões de Lisboa. No final, diziam, só lhe faltava  a cauda para pertencer ao universo fantástico do reino animal. [...]

Joaquim Arena, Siríaco e Mister Charles, Quetzal, 2022, p. 36