sábado, 24 de agosto de 2013

José Homem - «Máquina aforística»

- [...] foi «despachado de um Fôlego» - curtas narrativas, dialogadas, num.as de 0 a 99, com um Velho a «APAGAR» a «herdança» PATERNA [que inclui valiosa Biblioteca] e um Jovem, «perneta», a «desconcertar-lhe» os [assumidos] Dias Inúteis

RECORTE:
33
José apontou para o relógio.
Vens tarde. Lembras-te do que te disse sobre um homem honrado? Tempo e palavra.
O rapaz parou diante dele, incompleto.
Já temos uma professora, da capital.
José levantou as sobrancelhas, apontou para um dos cadeirões para que ele se sentasse. Antonino desencaixou a perna artificial, acomodou-se.
E falou-vos de quê, precisamente?
Da generosidade de Portugal e do amor a Angola.
Deves duvidar sempre da verdade dos outros.
Da pofessora também?
Particularmente.
O rapaz encolheu os ombros.
Porque ensinam mentiras com o entusiasmo de quem diz a verdade.

Marlene Ferraz, A vida inútil de José Homem, 2013, Gradiva, pp. 96, 97

 [entrevista - «Oficina Aberta» - a José Fialho Gouveia, programa «Bairro Alto», RTP 2, em Junho:  AQUI] - Já NÃO
[depoimento - «Ler mais Ler Melhor», RTP 2, 19 de Agosto:   AQUI - RTP ARQUIVO]


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ZMAB, 18.º DIA

[primeira Avaria séria do H. obriga a estar confinado à Aldeia ]

- o ar concentrado de J. da S. (ex-bancário do BNU e tio de M. G.da S., «Vizinho de ODEM») despertou S. 
- ao esplendoroso «pôr-de-Sol com Lua Cheia», acrescentava a atenção ao Bando de Estorninhos que, muito alto, circulava no Interior - segundo ele, «estariam assustados com a Charanga do Cardinali que atroava o Largo» (que, aqui, não é o «Centro do Mundo» - M. da F.)
- mas, à hora certa, a do Disco Vermelho a rasar o Horizonte, mergulharam a Pique para a Gruta onde, junto ao Mar, passam a noite - e J. da S. acrescentou outras Lições - foi «Bonita a Festa, Pá»

- Menino da Cidade, em tantos anos de vinda para a Aldeia, nunca S. de tal se apercebera

Well

terça-feira, 20 de agosto de 2013

(Ex - AA)

Dois reencontros com ex-AA:

A) na revista «P2»,  de domingo, do Público, de 18 - 08,     a partir da p. 26
com S. DIM. - ARQ - a trabalhar em Sion, com o pai , trabalhador da construção civil - um «refazer de trilhos migratórios» 
- S. não tem aqui o Álbum dos Retratos, mas tem quase a certeza de que é «aquela que foi uma pequenina e dedicada Qda» - sempre sorridente (tal como na foto) - de um dos últimos Blocos (de bom nível) do G. de A.                     

[CONF., em 05 - 09:  10, 1, n.º 20, 2003-2004]



B) junto ao Posto de T., reencontro com J. [...] - entrada ao abrigo da PERMEAB, fez «diferença» - está com o Pai, antes actor, na COMP. de Mário Viegas, que diz «estar a trabalhar como jornalista, há dois anos, em Macau» - J. relembrou que «fez ADV, mas está agora  a lançar-se em W. D.» 
- ah, e recordou que «quase nasceu na ZMAB»

domingo, 18 de agosto de 2013

Zmab, 15.º Dia («Meiou-se»)

Pelas 13 horas,  «Olímpica de nove metros» - 
 após 3 horas no Interior a observar o trabalho de Curtidas, Velhas Mãos
 - que bem que soube.

Well

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Pesos, Medidas e Raízes

ZMAB, 10.º DIA - ONTEM

- com a Zmab sob Névoa persistente, rumou-se ao Chão (Matriz) de «General Z.», até para o «apresentar» a C. Bap.      - e o Princeso há muito lá não ia

- pela primeira vez, em muitos anos, a General não queria regressar, mal  chegada - como que passando Testemunho ao Princeso (que, diga-se, estava com um «Ataque Agudo de Lirismo»...)

- à despedida, disse a Senhora S.:
- «O Peso e a Medida é que governam a Vida»
- e disse o Senhor A. (Mãos Impressionantes, Nodosas - a recuperar de um atropelamento Grave, quase aos noventa anos), para o Par Jovem:
- «É preciso deixar uma raizinha»

[«nenhum deles aprendeu a ler ou a escrever», cf. Saramago...]

WELL

terça-feira, 13 de agosto de 2013

De punhos cerrados - Urbano T. Rodrigues

Urbano Tavares Rodrigues
- Fotografia de Daniel Rocha, Público, 10 - 08 - 2013, pp. 2, 3
VER AQUI: artigo-reportagem de vários [...] + excerto de DOC. de Poss. Cachapa
[de 2008, 9?; no VIMEO? - cerca de 16' de 50'?]

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Recursos, demagogia e milagres

[9.º dia, Princeso na Estrada]

10.45
- por telefone, S. M. informa que «subiu um ponto» 
[de 91 para 92 - há Absurdos destes]
- subidas como esta - «ineficazes» - houve muitas; 

R. P. P. - à beira da Libertação, disse, durante a HEC da 1.ª Ronda, que «um bom Recurso precisa de Demagogia» 
(parece que não resultou)
 - mas também disse, irónica E séria, quando, com S., E.M., e C. S., via as P. da 2.ª Ronda, em tudo «iguais» às da primeira:
«Fica provada a Validade desta Prova»

- aqui, na ZMAB, cruzou-se S. com um «Par Maravilha»-  F. S. e M. F. - a Pequenina crismada de «A Profissional» - que partem, acabado o FEST  -
pois

domingo, 11 de agosto de 2013

ZMAB, 8.º DIA

10: 30  [e, pelo meio do Tórrido Sol nascente, foi irrompendo um Glorioso Nevoeiro]

 P. M. H. - ex - Residente na ZMAB e com casa na Laj.a - diz que «chegou ontem e que teve um horrível ano de trabalho» - (Mestre de H. da C. e das A., já esteve duas vezes no Palácio;  - falhou o Regresso Final, no ano passado, «por uma unha NEGRA» e diz que «voltará a tentar, embora receie lá chegar acabado»*;  - «Como é que achas que estão quase todos, por lá?» -  respondeu S.

 - *e conseguiu mesmo, em [...]

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Zmab, I




3.º Dia 
(daquela que será a mais longa Estadia das últimas 15, 16 Épocas)
[havia que evitar a AVALANCHE FEST]

[na Mala, não veio Poesia, só Narrativas]

10:15
Café do Alemão, a ver passar as Figuras («repetidas», em grande parte)

Por cima da porta de uma Velha Casa (que fica em frente da Toca do Aranhiço),
DOIS  LETREIROS (toscos, à mão redigidos):

LAVA-SE ROUPA
BANHOS QUENTES
BATA APORTA E NGOCEIE



sábado, 3 de agosto de 2013

ALENTEJO: «O mundo é pequeno, o Alentejo é imenso.»- Eucanaã Ferraz

JOÃO E MARIA

O Alentejo não tem caroço nem casca,
não tem paredes nem teto; certa vez

um velho deixou suas memórias sobre a mesa
todas queimaram, porque os fantasmas lá

não resistem à luz que se lança de altas espigas
para o pátio onde cada faísca risca e dança

entre sobreiros junhos girassóis e dura
mesmo noite adentro. Sente o cheiro

da madeira queimada? São fantasmas, nada.
O mundo é pequeno, o Alentejo é imenso

e lá estava o homem depois de todas as viagens
sem poder dizer de si mesmo algo como:

o dono e seu retorno. Afinal, onde a casa
o relógio a mulher o cachorro o nome?

O retrato da Virgem a lâmpada a cama onde?
Desdobra-se o horizonte em céus em dunas

de poeira em túnicas no vento em fios
e não há nunca filhos ou amigos ou espelho.

Que lugar a cidade a fidelidade urdindo
desfazendo e outra vez os anéis sem fim

da espera? Indaga os livros os mortos
até que as areias do mar, do mar que

parecia distante,
lentamente - não, de repente - cobrem-lhe

a voz e o tempo. O mundo
é pequeno, o Alentejo é imenso.

Eucanaã Ferraz (Rio de Janeiro, 1961; - ), Relâmpago, n.º 31 - 32, Abril de 2013, pp. 175, 6

 

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

«Vende chocolates, Pequena, vende chocolates» OU «o PLano B pode ser DOCE»

[a «cena» é de Ontem]
- procurando «compensação» para a «Pancada» (ainda que «esperada») das P. da 2.ª Ronda,  S. lá foi, caminho do Triângulo BAR - BERT - R. D.
- aí, «chegada há uma semana», mas de out. a Abr., a Relâmpago dedicada a Irene Lisboa (surpresa, de certo modo)
- na ARC vizinha [oficiantes fardadas «à Antiga PORT»], a primeira FUNC., mais velha, mostrou curiosidade [...]
- depois chamou a mais nova
 
- apresentou-se como «JORNALISTA especializada na área cultural e literária» (boa! Ora Toma!)
- a) de Irene Lisboa, «ouvira falar da Poesia» - [tê-la lido, deduziu S., NÃO]
- B) de Maria Judite de Carvalho, sabia que «fora a esposa de U. T. R». - [tê-la lido, também NÃO]
- C) da Relâmpago, «desconhecia a existência» [...]
Vende Chocolates, Pequena, vende chocolates
- [Dá mais Futuro]
 
( e mais uma vez S. deu razão a P. M. - a grande estudiosa (e muito mais) da obra de I. L.)