segunda-feira, 29 de julho de 2019

Vénus e Cupido (Tríptico, M. Cláudio)

- avança devagar a leitura da obra mais recente de M. C., estruturada em 1.ª pessoa digressiva, em curtos parágrafos; W. vai na p. 65, já perto do final do 1.º painel (p. 83)


Lucas Cranach, o Velho, 1526-7
- RECORTE: 
[...] Ao designar-lhe o Velho uma das suas peças, claramente licenciosa, Vénus e o Amor Picado por Uma Abelha, Martinho Lutero interrompeu o silêncio em que se acobertava, e espraiou-se neste exórdio que exigiria em minha opinião uma voz tonitruante, mas que ele debitou com imprevisível brandura, «O pecado insere-se em nós como o esqueleto que nos suporta a carne faminta, e urge aceitá-lo sem no entanto pactuar com ele, ou com o demónio que à sua sombra se oculta, e se uma pintura o representar, ao pecado, deveremos conceder-lhe a função que cabe às imagens dos quadros, e dos restantes objetos artísticos, que podem ensinar-nos, mas sem lhes atribuirmos mais do que a passageira importância.»

Mário Cláudio, Tríptico da Salvação, p. 59