segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Caves, em «A amiga genial»

 - Zmab, 5.º dia; leituras abaixo do(s) ritmo(s) de Outrora...;  desta vez foi a «adaptação ADV» que levou D. ao livro... (há muito que Eli falara a D. dos Rom.s de Ferrante...); atingida, na ESP. do Rita, a p. 45...

RECORTE:
     
 [...] Uma vez lá dentro, primeiro Lila e depois eu, descemos cinco degraus de pedra e chegámos a um sítio húmido, mal iluminado pelas pequenas aberturas ao nível da rua. Eu tinha medo, procurei manter-me atrás de Lila, que parecia zangada e concentrada em encontrar a boneca. Avancei às apalpadelas. Sentia sob as solas das  sandálias objectos que rangiam, vidro, cascalho, insectos. Em redor havia coisas não identificáveis, vultos escuros, pontiagudos, quadrados, arredondados. A pouca luz que penetrava no escuro caía por vezes sobre objectos reconhecíveis: o esqueleto de uma cadeira, o pé de um candeeiro, caixas de fruta, fundos e painéis de armários, gonzos de ferro. Apanhei um grande susto com algo que me pareceu uma cara flácida com uns grandes olhos de vidro, alongada por um queixo em forma de caixa. [...]

Elena Ferrante, A amiga genial, p. 42